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Projeto de pesquisa do curso de Geologia da FCT/UFG é selecionado em chamada pública do Instituto Serrapilheira

Em 03/06/20 11:09. Atualizada em 04/06/20 21:42.

O projeto coordenado pela Prof.ª Dr.ª Fernanda Gervasoni, tem o objetivo de estudar as inclusões nos minerais das rochas alcalinas da região Centro-Oeste

O Instituto Serrapilheira, primeira instituição privada, sem fins lucrativos, de fomento à ciência no Brasil, anunciou na última semana, os 23 jovens pesquisadores selecionados pela 3ª chamada pública de apoio à ciência. Apenas 3 projetos na área de Geociências foram escolhidos após um rigoroso processo seletivo e dentre eles, o projeto de pesquisa comandado pela Prof.ª Dr.ª Fernanda Gervasoni, do curso de Geologia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal de Goiás - Campus de Aparecida. O projeto é denominado "Voláteis e sua influência no manto terrestre abaixo da região Centro-Oeste do Brasil registradas em inclusões de minerais primários e acessórios em rochas alcalinas".

O processo seletivo é bem concorrido e aconteceu em meio ao caos da pandemia do COVID-19. Além disso, a equipe de revisores da chamada é composta por um seleto corpo de cientistas com atuação em diversos países. Os projetos contemplados receberão nessa primeira fase até R$ 100 mil, cada, como investimento. Eles também terão acesso a treinamentos, eventos de integração e iniciativas de colaboração, propostos pelo Instituto Serrapilheira. Após um ano, os pesquisadores e seus projetos serão avaliados e a partir daí, três terão o apoio renovado e receberão até R$ 700 mil – com bônus de R$ 300 mil - para investir em suas pesquisas por três anos.

De acordo com a Prof.ª Drª Fernanda Gervasoni, o projeto foi proposto para estudar inclusões nos minerais das rochas alcalinas da região Centro-Oeste. O objetivo é compreender de forma mais profunda a composição do manto terrestre dessa região, para entender o que possa ter gerado rochas tão ricas em voláteis. A professora ainda explica que os voláteis são uma grande questão para quem estuda o manto terrestre, pois até hoje não sabe-se ao certo, como regiões do manto possuem tanto Carbono, Flúor, Cloro, Nitrogênio e demais elementos solúveis e móveis. "O carbono por si só é um elemento muito importante para estudos da origem da vida e sobre altas pressões, como aprisionado no manto, pode estar em especiações de cadeias mais longas, podendo nos trazer sugestões sobre uma origem da vida diferente do que já conhecemos", esclarece Gervasoni.
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Na foto: exemplo de diamantes e as inclusões que serão estudadas no projeto.
O grupo do projeto de pesquisa selecionado pelo Instituto Serrapilheira é formado por professores, estudantes de graduação e pós-graduação não só da FCT/UFG, como também da UFRGS, UnB, UFPEL, WWU Munster na Alemanha, PUC do Chile e pesquisadores do Síncrotron, LNLS em Campinas-SP. Fernanda também reforça a importância desse auxílio que além de ser uma grande conquista, vai ajudar o grupo de pesquisadores a desenvolver uma pesquisa de ponta com as rochas alcalinas da região de Goiás e colocar o curso de Geologia da FCT/UFG como uma referência na área no país.

Fonte: Ascom FCT/UFG